sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mercado Público é prioridade para o turismo

Município aguarda aprovação do governo federal para tirar projeto do papel

Prioridade do setor turístico blumenauense: é assim que a construção do Mercado Público, que ocupará o lugar da Feira Livre da Proeb, está sendo tratada pelo governo municipal. O projeto, engavetado desde 2007, foi cadastrado no Ministério do Turismo em 28 de março e aguarda aprovação federal para receber cerca de R$ 11 milhões para iniciar as obras.
A nova estrutura é tratada como fundamental para fomentar o turismo, pois como descreve a professora responsável pelo Arquivo Histórico de Blumenau, Sueli Petry, além de revelar o perfil da cidade ao turista através das tradições, o espaço dará oportunidade ao pequeno produtor, que não alcança as grandes redes, de comercializar as mercadorias.
Diferente da feira, que representava uma segunda renda para as famílias e foi a continuidade das antigas carroças e da venda de porta em porta, Sueli aponta que o Mercado Público tem o calor humano, pois não é pensado somente para o simples comércio, mas para reunir as principais características da cidade, como a gastronomia típica e o artesanato. No local, será possível encontrar receitas caseiras e de família, onde o vendedor, além de entregar um produto, pode contar como a mercadoria foi feita:
– É um espaço para as famílias se reunirem, para as pessoas se encontrarem, para manter viva a história da cidade e suas tradições.
Para o secretário de Turismo e presidente do Parque Vila Germânica, Ricardo Stodieck, o mercado será uma nova âncora para o turismo na cidade, que vai incrementar ainda mais a região da Vila, cujo destino é ser transformada no Distrito Turístico da Vila Germânica:
– Quando falamos em Distrito Turístico, estamos pensando em todo o entorno, que vai das ruas João Pessoa até Almirante Tamandaré, e da Vila até a Rua 7 de Setembro. É criar uma estrutura com identidade para atrair o turista e fazer com que ele permaneça o maior tempo possível aqui.
Um dos responsáveis pelo projeto do mercado, o arquiteto e urbanista Christian Krambeck, acredita que este tipo de instrumento serve de ponto de referência para quem vem de fora.

Reportagem : Daniela Pereira
Fonte : Jornal de SC


Feirantes têm dúvida sobre o novo espaço
O Mercado Público não é apenas uma preocupação do governo. Os feirantes, que ocupam o espaço na Rua Humberto de Campos, no Bairro da Velha, também querem saber qual será o futuro do local, principalmente pela questão da infraestrutura.
Em maio, representantes da diretoria de Desenvolvimento Rural estiveram na Feira Livre para reforçar as orientações sobre inspeções municipal e estadual – necessária para produtos vindos de outras cidades –, a necessidade de refrigeração adequada sem uso de caixas de isopor e a proibição do fracionamento de produtos na hora da venda.


Foto : Gilmar de Souza
– Estamos acompanhando o trabalho dos feirantes e, de um modo geral, eles estão se adequando bem. Voltamos esta semana na feira e vimos que muitos já acataram as sugestões. Nossa intenção é que ninguém tenha que parar de trabalhar – contou a gerente de Desenvolvimento Rural, Karla Andréia Drews.
A tesoureira da Associação dos Feirantes da Rua Humberto de Campos, Eliane Petry, disse que os feirantes estão cumprindo a lei, dentro do possível da estrutura, e ficam sempre em contato com a equipe de Desenvolvimento Rural e da Vigilância Sanitária. Mas o ideal, segundo ela, era que pudessem reformar o espaço da feira, como já planejaram, investindo em climatização, instalação de freezers e bancadas novas:
– Temos todos esses planos, mas sem uma definição sobre o mercado, não podemos fazer nada. Gostaríamos de ter certeza de que teremos espaço na nova estrutura. A prefeitura disse que os feirantes irão ficar, mas ainda temos dúvidas.
O economista Edson Marques, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, explica que quando o Mercado Público estiver pronto, a prefeitura fará uma lei pra instituir o local. Na legislação, estará determinado, por exemplo, a finalidade do espaço e quais produtos poderão ser comercializados. Será aberta uma licitação para escolher quem explorará as bancas do mercado.
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Terrenos da feira são regularizados
Na contramão da maioria das obras públicas, quando o governo conseguir os recursos para iniciar a construção do Mercado Público de Blumenau, não precisará se preocupar com terrenos irregulares e desapropriações. Os 11 lotes que hoje formam o espaço total da Feira Livre estão em fase final no processo de regularização. O trabalho é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
O economista Edson Marques, da Sedec, explicou que todos os terrenos estavam irregulares, nove deles com problemas de metragens – algumas matrículas eram da época em que nem existia a Rua Mariana Bronnemann – e os outros dois tinham propriedade privada. As metragens foram refeitas, levando em consideração a distância do Ribeirão da Velha e as novas medidas das ruas do entorno. Em relação aos terrenos privados, um foi comprado e outro, permutado. A intenção da Sedec é unificar os 11 terrenos, transformando em uma única área de 4,5 mil metros quadrados.


DETALHES DO PROJETO
- A estrutura do Mercado Público será aberta, com acesso por qualquer lado
- Funcionará de forma sustentável, com reaproveitamento da água da chuva, usando energia limpa e luz solar disponível, reciclando os resíduos, entre outros
- Terá 7,46 mil metros quadrados e três pisos
- No subsolo, haverá estacionamento
- No térreo, seguirá a estrutura da feira com as barraquinhas, mas com instalação de padaria, confeitaria, pastelaria e choperia
- No piso superior, o projeto contempla um restaurante de 40 lugares
- Todo o espaço será acessível a portadores de deficiência, inclusive com a disponibilidade de dois banheiros adaptados
- Além dos bares e restaurantes, a prioridade será comercializar produtos locais, desde hortifrutigranjeiros até artesanato, com destaque para a linguiça Blumenau, o queijo kochkäse e as cervejas artesanais
- A expectativa é gerar cerca de 150 empregos diretos e 300 indiretos
- Funcionará todos os dias
Fonte

Concurso elegeu melhor projeto em 2007
A equipe vencedora é de Blumenau sendo composta pelos Arquitetos Daniela Pareja, Christian Krambeck, Osvaldo S. de Oliveira (sócios no escritório Terra Arquitetura), Carla Caroline Tomaselli, Chiara Mariele Gurgacz Destro, Francisco Refosco Nunes, Sara Moretti, pelo Engenheiro Florestal Julio Cesar Refosco e pelos estudantes de Arquitetura Aliessa Sabadin e de Engenharia Civil Maycon Gasda. Em segundo lugar ficou o Arq. Antonio Carlos Vissotto Junior de São Paulo e em terceiro o Arq. Daniel de Mello Artigas do Paraná.

Para mais detalhes do projeto vencedor, visite o blog do Mercado Público em http://mercadoblumenau.blogspot.com.br/

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