sexta-feira, 17 de maio de 2013

Justiça autoriza venda do prédio da Teka por R$ 69 milhões


A Teka vai vender a sua sede fabril em Blumenau como forma de levantar dinheiro para prosseguir suas atividades.
O imóvel onde fica a sede da empresa será vendido por R$ 69.300.300,00 para o Grupo Savoy.
A Teka anunciou que, do produto da venda, R$ 22 milhões serão utilizados para pagar o Badesc e R$ 8 milhões irão para quitar dívidas trabalhistas.
A empresa pagará ainda R$ 4.158.000,00 de comissão sobre a venda.
Do total levantado, R$ 35.142.000,00 serão usados para capital de giro.
A venda do imóvel e a realização das operações com base em todos esses valores foram aprovadas judicialmente em decisão do juiz da 2º Vara Cível de Blumenau, Osmar Tomazoni.
O pagamento de parte das dívidas trabalhistas fica garantido através do depósito judicial de R$ 8 milhões, em quatro parcelas de R$ 2 milhões.
Esse valor será suficiente para pagar apenas os salários atrasados, férias e 13º dos atuais empregados.
A Teka está com os salários atrasados dois meses e muitos funcionários recebem cestas básicas.
De acordo com o Sintrafite, sindicato que representa os trabalhadores têxteis, mais de 130 funcionários pediram demissão da Teka entre janeiro e abril, já que arrumaram outros empregos.
O imóvel da Teka será comprado pela Savoy Imobiliária, que o locará para a própria Teka pelo período pré-determinado de dez anos, prorrogáveis por mais dez anos, de acordo com a sentença.
Com os R$ 35 milhões resultantes da operação, a empresa fará um plano de recuperação.
O Ministério Público e a Previ, que é uma grande credora, manifestaram-se contra a proposta da Teka, por entenderem que a operação privilegia o Badesc, que estaria recebendo seus créditos em condições privilegiadas.
O juiz, na sentença, diz que a operação não traz grandes alterações em relação à situação atual do grupo de credores.
Embora admita que não pode haver certeza de que o plano proposto vá garantir a recuperação a Teka, o juiz sinaliza que pode haver uma luz no fim do túnel nesse trecho da sentença:
“De todo modo, os gráficos do comportamento do faturamento e demanda apresentados pela própria Teka (fls. 2333-2336) e o fluxo de caixa de fl. 1001 mostram que são, pelo menos, alentadoras as perspectivas. Vê-se que a demanda é crescente e só não está sendo atendida por falta de matéria prima. Para o Administrador Judicial, que melhor conhece a empresa, em face da inexistência de outras fontes de financiamento, a venda se apresenta como única alternativa para manter vivas as esperanças de recuperação”.

Fonte : Jornal de Blumenau

Boa notícia para o empregados. Espero que a empresa tenha competência para se reerguer após tantas dificuldades. Queremos ver a Teka prosperando e gerando mais empregos.

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