sexta-feira, 30 de maio de 2014

Residencial Monique - Itoupava Central

A AH Incorporadora lança em Blumenau no bairro Itoupava Central, na rua Frieda Jansen, 92, o Residencial Monique, constituído dos Edifícios Donau e Alpen, ambos com 13 andares e apartamentos de 2 dormitórios com suíte e 2 dormitórios.







O Edifício 
. Hall de entrada decorado, com rebaixamento em gesso
. 2 pavimentos de garagem, subsolo e térreo
. 2 elevadores, um social e um de serviço
. 2 torres com 12 andares
. Portões e porteiro eletrônico
. Gás central 
. Área de lazer com ambientes mobiliados e climatizados
. Salão de festas com churrasqueira
. Sala de jogos
. Fitness
. Brinquedoteca
. 2 Playgrounds
. Piscina adulta e infantil, com deck e área de convivência 


Piscina

Salão de festas
Os Apartamentos
. Aptos com 1 dormitório mais 1 suíte
. Aptos com 2 dormitórios
. 1 vaga de garagem por apartamento (opção para 2ª vaga)
. Infraestrutura para ar tipo SPLIT no living e nos dormitórios
. Sacada com churrasq. e estrutura para fechamento com "Reiki"
. Sala de estar/TV
. Sala de jantar
. Peitoris e soleiras de granito
. Rebaixamento em gesso na área de serviço, cozinha e banheiros
. Cantoneiras em gesso/EVA 
. Piso porcelanato em todos os ambientes


Sacada com churrasqueira

Sugestão do Living

Sugestão suíte









Localização



Ótimo empreendimento no bairro Itoupava Central, que começa a ganhar adensamento urbano. Boa opção para quem trabalha na região norte e deseja morar próximo ao trabalho ou deseja investir no bairro mais populoso de Blumenau.
Todas as imagens aqui mostradas foram retiradas do site do empreendimento e são ilustrativas. Consulte o memorial descritivo para saber o que compõe o imóvel entregue. Mais informações podem ser obtidas junto à AH Incorporadora em seu site ou no telefone (47) 3378-1415.

Baixe o folder digital do imóvel neste link.

Fotos do Residencial Dr. Hermann Blumenau a partir da Ponta Aguda

Algumas fotos da imponência da obra do Residencial Dr. Hermann Blumenau feitas a partir de um edifício na Ponta Aguda, gentilmente enviadas pelo corretor Flavio Honorato.






A obra está no 19º andar do total de 35 andares. Terá grande destaque no skyline urbano de Blumenau.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Residencial Grand Trianon - Ponta Aguda

A Planolar constrói em Blumenau no bairro Ponta Aguda, na Avenida Brasil, 91, próximo ao Moinho do Vale, o Condomínio Grand Trianon. A torre possui 35 andares (sendo 2 subsolos) com 28 apartamentos, sendo 1 apartamento por andar. Terá 122 metros de altura e será um dos edifícios mais altos da cidade.



De acordo com o Estudo de Impacto de Vizinhança apresentado em Novembro de 2011, a divisão da torre ficará da seguinte forma:

Subsolo: Tanto o primeiro como o segundo subsolo serão destinados às
garagens hobby boxes e acessos aos elevadores, escadaria e rampa para o
pavimento térreo;
Térreo: Será destinado a recepção, hall de entrada, acesso aos elevadores e
garagens, rampa de acesso ao subsolo, depósito de lixo, central de gás,
cisterna, casa de bombas, casa de ventiladores, casa de geradores, de
medidores, zeladoria, refeitório, banheiros masculino e feminino, acesso a
escadarias enclausuradas e a social, acesso aos elevadores e sala de
administração;
Segundo (2°) Pavimento: Destinado ao mezanino, sala para fitness, sala de
filtros, piscina com raia, sala de sauna, banheiros masculino e feminino, acesso
aos elevadores e escadaria;
Terceiro (3°) Pavimento: Destinado ao mezanino, salão de festas, cozinha,
copa, banheiros masculino e feminino da piscina, lavabos masculino e
feminino, sala para brinquedoteca, jogos teen, piscina externa com terraço
descoberto, acesso aos elevadores e escadarias enclausuradas e social;
Do Quarto Pavimento ao Vigésimo Segundo (4° ao 22°) e do Vigésimo
Quarto ao Trigésimo Primeiro (24° ao 31°): Destinados aos vinte e sete
apartamentos tipo.
Vigésimo Terceiro (23°) Pavimento: Destinado ao espaço gourmet, sacada,
áreas de convivência, sala de cinema, sala de jogos adulto, jardins, acesso aos elevadores e a escadaria.
Trigésimo Segundo (32°) Pavimento: Destinado ao pavimento inferior do
duplex, com hall de acesso aos elevadores e escadaria, quatro suítes, dois
closets, sacadas das suítes, escritório, home theater com sacada, área
destinada para SPA, sauna e ginástica, escada de acesso ao pavimento
superior.
Trigésimo Terceiro (33°) Pavimento: Destinado ao pavimento superior do
duplex, com hall social de acesso aos elevadores e escadaria, salas de estar e
jantar com sacada, espaço gourmet com churrasqueira, cozinha, sala de
almoço, área de serviço, dependência de empregada, estendal, terraço de
serviço, piscina, terraço descoberto deck, floreiras, área para ar condicionado (tipo split), lavabo e escada de acesso para pavimento inferior.



Parabéns à Planolar pelo belíssimo projeto ! A torre teve leves alterações no visual externo que a deixaram melhor ainda. Imagens 3D da Formatho3D e design de Siebert Arquitetura.

Novo site da Construtora Planolar

Está disponível o novo site da Construtora Planolar. Finalmente o projeto do Condomínio Grand Trianon, no bairro Ponta Aguda, mostra oficialmente seu design definitivo.


Também é possível ver todo o portfolio de obras da construtora blumenauense que também constrói em Balneário Camboriú.
Ficou ótimo ! Vale a visita em http://www.planolar.com.br

Edifício Saint Germain - Victor Konder

Mais um prédio para a série "Edifícios Clássicos" de Blumenau. O Edifício Saint Germain fica na rua Heinrich Hosang, 60, no bairro Victor Konder. Tem 18 andares e aproximadamente 54 metros de altura, com apartamentos de 3 dormitórios com suíte master, sendo 2 apartamentos por andar.




Construído entre 1986 e 1988 pela Coteli Const Tecnica, ainda hoje é um ícone e um dos edifícios mais altos do bairro.


Foto de 2011 do bairro Victor Konder mostra que o Edifício Saint Germain é um dos mais clássicos e altos

sexta-feira, 23 de maio de 2014

6 lições que mostram que imóveis estão caros mesmo sem bolha

Gráficos de estudo da Poli-USP mostra como custos de construção encareceram imóveis em relação à renda da população, mesmo sem formar de fato uma bolha
São Paulo – A última carta do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) ao mercado analisa a possibilidade de haver bolha imobiliária no mercado residencial brasileiro e de podermos comparar a atual situação do nosso mercado imobiliário ao que ocorreu nos Estados Unidos em 2007 e 2008.

A conclusão dos estudos, assinados pelo professor João da Rocha Lima, coordenador do núcleo, não é nada animadora para quem sonha com a casa própria, mas acredita que este seja um sonho distante.

Por um lado, tudo indica que não há bolha, mas sim uma alta expressiva dos custos de construção; mas, no geral, a alta dos preços acompanhou esta inflação.

Por outro lado, houve uma forte perda de poder de compra da população brasileira, uma vez que o aumento na sua renda no período analisado – de 2005 a 2013 – ficou muito abaixo do aumento de preços dos imóveis residenciais.

Como a renda da população pode não acompanhar a alta de preços, o professor João da Rocha Lima acredita que os preços agora ficarão estáveis, podendo até recuar, modestamente, nos próximos anos. Mas sem um “grande estouro de bolha” em vista.

Entenda melhor as conclusões dos estudos da Poli-USP a partir das seis lições a seguir, extraídas da carta do NRE-Poli, intitulada “Lições sobre Bolhas”. O estudo completo está disponível no site do núcleo e ao final desta reportagem:

1 O que aconteceu nos Estados Unidos não serve de parâmetro para analisar a situação brasileira:

A concessão de crédito imobiliário nos Estados Unidos criou uma demanda artificial, ao possibilitar a famílias a possibilidade de financiar imóveis residenciais sem de fato ter renda para tal.

A especulação só veio depois que essas famílias foram habilitadas a comprar acima de sua capacidade de pagamento.

No mercado brasileiro, as pessoas precisam pagar, no mínimo, entre 20% e 40% do valor do imóvel para obter um financiamento. Então não dá para ter altas de preços exóticas. Se o comprador aqui não tem dinheiro para pagar, não adianta o vendedor aumentar o preço”, explica Rocha Lima.

Já nos Estados Unidos era mais fácil aumentar o preço acima da capacidade de pagamento das pessoas, pois o financiamento podia ser de 99%, até de 100% do preço do imóvel”, completa.

Assim, à medida que as famílias americanas com menos capacidade de pagamento foram ficando inadimplentes e devolvendo os imóveis, foram também se tornando inadimplentes os especuladores que obtiveram crédito acima da sua própria capacidade de pagamento.

Na ponta da concessão de crédito, os investidores que terminaram com a batata quente dos créditos nas mãos levaram o calote. A crise de confiança e a restrição ao crédito que se seguiram levaram os preços dos imóveis a caírem abaixo do patamar que torna o investimento na construção de imóveis residenciais atrativo.

2 Para analisar o mercado imobiliário é preciso descontar a inflação dos custos de construção:

A formação do preço leva em conta os custos de produção projetados e as margens de lucro que se quer obter. Em países com inflação elevada, como o Brasil, de nada adianta analisar apenas a evolução nominal dos preços (que embute a inflação).

Para verificar se a alta dos preços é de fato excessiva, é preciso descontar a inflação. Isso porque, o que se convenciona chamar de “preço justo” é aquele preço que cobre os custos de produção e possibilita uma margem de lucro ao produtor que compense o risco de ele investir naquele mercado.

Assim, o que é importante analisar é: qual foi a alta de preços descontando-se a elevação dos custos de construção – que no Brasil, segundo o estudo da Poli, foi muito superior à inflação oficial, medida pelo IPCA – e considerando-se uma margem de lucro que compense o fato de que a taxa de juros básica da economia, que baliza as aplicações mais conservadoras, é alta?

Se houver muito menos gente para comprar imóveis, os empreendedores tentarão fazer ofertas de preços mais contidos. Mas suas margens já são pequenas, não dá para fazer grandes descontos. Nesse mercado imobiliário, quando há uma oferta maior que a demanda, a queda de preços tende a ser moderada, não enorme”, diz João da Rocha Lima.

3 Imóvel não é tomate:

A flexibilidade para aumentar os preços dos imóveis acima do “preço justo” também não é ilimitada. Pelo menos não onde não é possível financiar quase a totalidade do imóvel.

Imóveis não são como tomates, pãezinhos, leite ou mesmo combustível, que ao sofrerem uma alta de preços significativa, são acomodados pela população no seu orçamento pessoal de algum jeito. Bens de consumo e serviços de baixo valor têm maior flexibilidade para grandes altas.

Casas e apartamentos, por sua vez, são bens de alto valor, a maior compra da vida da maioria das pessoas, e comprometem uma parte muito significativa do orçamento.

Além disso, não é todo dia, nem toda semana, que as pessoas compram imóvel para morar, e sempre é possível recorrer ao aluguel.

“Se o empreendedor verificar que há mais demanda que oferta, ele pode querer praticar um preço acima do justo e cobrar bem mais. Mas ele vai esbarrar na capacidade de pagamento das pessoas”, diz o professor.

4 Bolhas imobiliárias são fenômenos localizados, não generalizados:

Ao descontar a inflação da curva de preços dos imóveis residenciais em diversas cidades americanas, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2013, o professor João da Rocha Lima mostrou que apenas algumas cidades viram o fenômeno de bolha, e outras não.

Contudo, essas outras, que não tiveram de fato uma oferta de preços agressivamente acima de seu “preço justo” também viram uma retração significativa de preços após o estouro da bolha nas cidades onde de fato esse aumento ocorreu.


O gráfico a seguir mostra a oposição de cidades como Miami, onde houve bolha de fato, e Detroit, onde os preços, apesar de não terem crescido significativamente, desabaram após o estouro da bolha.



O gráfico leva em conta o Índice Case-Shiller, que acompanha os preços dos imóveis residenciais nos EUA, e a inflação pelo CPI, índice de preços ao consumidor americano.

Segundo o texto da carta do NRE-Poli: “Na curva de descida, a adrenalina (aqui medo, contra a euforia na subida), que impõe a visão de que existe bolha no real estate, resultando a ideia de que todos os preços são inadequados e seu valor deve cair, provoca um rescaldo até mesmo nas cidades que não sofreram impacto na curva de subida”.


De acordo com Rocha Lima, o mesmo raciocínio se aplica ao Brasil. “Poderia acontecer uma bolha em um bairro, ou mesmo em uma avenida de São Paulo, mas dificilmente em São Paulo inteira. É uma questão de segmento de mercado”, explica o professor.

5 O Brasil viveu uma alta de preços acima do “justo” em 2011, mas agora não exibe um cenário de bolha:

Para analisar a possível existência de bolha imobiliária no Brasil, o NRE-Poli levou em conta o período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013, por abarcar o advento das grandes companhias de capital aberto ao mercado imobiliário, aliado às grandes injeções de capital estrangeiro.

Para avaliar a evolução dos preços dos imóveis residenciais foi tomado como base o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R) do Banco Central.

Fez-se a ressalva, porém, de que o IVG-R abarca 11 das principais regiões metropolitanas, não havendo um índice separado para cada uma delas.

Para deflacioná-lo, João da Rocha Lima não usou o IPCA ou o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), por entender que este último, comumente utilizado para esse tipo de análise, não reflete os custos típicos das construções para a população de renda média e média-alta, além de não capturar certos elementos.

Os cálculos do NRE-Poli chegaram a uma elevação dos custos dos terrenos de 16,5% acima do INCC, e a uma inflação dos custos de edificação de 3,5% acima do INCC.

Considerou-se, para a análise, de que os custos de construção são compostos da seguinte forma: 28% custos do terreno e 72% custos da construção em si. Na carta, o professor ressalva, porém, que a composição de custos pode variar bastante de região para região.


Descontando-se essa inflação de custos, percebe-se que, com exceção do pico de preços em 2011, a alta dos preços, desconsiderando-se a alta de custos, não foi grande. Repare, no gráfico, que os preços saem de uma base 100, em 2005, para 103 em 2013.


Isso de deve ao fato de que, no período, os custos de construção, notadamente os dos terrenos, subiram vertiginosamente.

** Em Blumenau o custo do terreno subiu ainda mais após a tragédia de 2008 e da revisão do Plano Diretor de 2010.


Ou seja, pelos cálculos do NRE-Poli, o aumento dos preços dos imóveis, embora muito superior ao da inflação oficial (IPCA) está em linha com a inflação dos custos de construção do setor.

6 Os preços dos imóveis residenciais realmente estão distantes da realidade do brasileiro:

Apesar disso, a população tem razão de estar com essa sensação de que os preços dos imóveis residenciais estão muito distantes de sua renda.

Isso porque, embora a renda do brasileiro tenha crescido entre 2005 e 2013, este crescimento ficou muito aquém do crescimento dos custos de construção e, consequentemente, dos preços dos imóveis.

A alta é muito expressiva quando se desconta a inflação pelo IPCA – que em tese é o aumento de preços para o consumidor – ou mesmo o crescimento da renda do brasileiro, mostrando que há sim um desequilíbrio forte nesse sentido.


O gráfico a seguir deflaciona o IVG-R pelo IPCA, pela evolução da renda e pela evolução dos custos dos empreendimentos entre 2005 e 2013:


Repare que, de 2005 para 2013, um mesmo imóvel ficou 74% mais caro para uma pessoa de um mesmo estrato de renda. Ou seja, para alguém da classe B, por exemplo, o mesmo tipo de imóvel no mesmo tipo de localização ficou 74% mais caro, apesar do ganho de renda.

Vamos viver pior?

Perguntado se isso significa que vamos viver cada vez pior nos grandes centros brasileiros, o professor João da Rocha Lima respondeu “já está acontecendo”.

Assim como disse na carta, a tendência é que a classe média seja expulsa dos bairros em que habitava para morar em bairros cada vez mais periféricos, ao mesmo tempo em que os bairros mais centrais ganham imóveis compactos ou voltados para estratos de renda mais altos.

Ou se constroem imóveis cada vez menores, o que também tem um limite, ou se elitiza o bairro”, observa o professor.

A população fica, então, obrigada a escolher entre morar em um apartamento compacto e bem localizado, o que pode ser inviável no caso de uma família grande, ou morar em um imóvel mais espaçoso, porém mais distante.

A necessidade de as cidades se espalharem, mas continuarem voltadas para o centro, só vai agravar ainda mais os já sérios problemas de mobilidade das grandes cidades brasileiras, conclui o professor.

A íntegra do estudo está disponível abaixo:


CartaNRE-Licoes-bolhas by EXAME.com

Texto : Julia Wiltgen
Fonte: Exame Online

Essa situação ocorre em parte também em SC. "Não é o imóvel que custa muito, você é que ganha pouco", esse ditado popular em parte reflete uma estabilidade nos preços dos imóveis. 

Em Blumenau não é diferente. Não há bolha alguma, apenas os imóveis tendem a "estacionar" no valor, com o setor imobiliário se ajustando à "oferta/procura". E é bom lembrar que Blumenau tem o menor preço por m² entre as cidades médias de SC.

Existem menos imóveis novos sendo lançados na região, devido à grande quantidade de imóveis novos sendo ofertados. Os poucos lançamentos terão de ser bem localizados com diversos "mimos" sendo agregados (piscina, pet-place, quadra de esportes, academia, etc). Imóveis que atendam esses requisitos dificilmente terão dificuldades para vender. 
Isso servirá de "filtro" para que as construtoras e incorporadoras melhorem seus produtos (tanto em design quanto aos "mimos" oferecidos). Isso será determinante para que fiquem no mercado as empresas bem estruturadas. Os amadores talvez sentirão um "baque" e desistam do ramo.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Vida desplugada : 21 dias longe da internet

Ótima reportagem da Revista Info. Fica cada vez mais difícil ficarmos desconectados. Leia e reflita como poderia ser melhor a vida diminuindo a dependência dos dispositivos eletrônicos plugados na internet. 

Em resumo, "Smart Phones, Dumb People"



O ato em si não foi complicado. Às 4 horas da tarde do dia 14 de dezembro de 2013, desliguei o roteador e desativei o sinal 3G do meu celular com o objetivo de passar 21 dias sem internet. O momento fora cuidadosamente escolhido. Com a aproximação do fim do ano, o ritmo de trabalho estava diminuindo. E aquela pareceu ser uma boa época para colocar em prática um experimento a respeito do qual tinha pensado durante a maior parte do ano : descobrir como seria a vida longe do constante fluxo digital com o qual muitos de nós compartilhamos nossa vida.
As primeiras 24 horas foram impossíveis. Tinha preparado uma mensagem automática de email explicando que estaria fora do escritório e pedindo às pessoas que me telefonassem ou enviassem uma mensagem de texto pelo celular. Imprimi algumas semanas de minha agenda no Google Calendar, mas, fora isso, não fiz nenhum outro preparativo.


Mas me vi obrigado a reconectar tudo várias vezes para buscar algo que tinha esquecido. Foi uma experiência esclarecedora perceber quanto de minha vida existia na nuvem: demonstrativos bancários e recibos de minha contabilidade de fim de ano, números de referência das compras que havia feito, telefones, arquivos no Google Docs, e assim por diante. Tinha consignado tudo isso à internet com base na ideia de ter acesso a tais coisas sempre que desejasse. Ao me desconectar, elas ficaram fora do alcance.

Depois de alguns dias, as coisas se assentaram e comecei a reparar numa
mudança na qualidade do meu tempo. Em minha vida conectada, usava a internet para preencher os espaços entre atividades mais importantes.
Respondia às mensagens, lia algo no Gawker ou no Buzzfeed, checava as mensagens (lia na caixa de entrada simplesmente porque estavam ali).
Agora esses espaços ganharam mais significado, em momentos de pausa, relaxamento e reflexão. No ponto de ônibus, em vez de mexer no celular, simplesmente ficava quieto por alguns minutos, como numa sessão mental de ioga. No começo, esses momentos pareciam estranhos e monótonos.

Mas, ao me obrigar a não pensar em nenhum assunto em particular, minha
mente se tornou menos bagunçada e meus pensamentos ficaram mais lentos, delicados e profundos. Questões maiores ocuparam a cabeça, assuntos sobre os quais pensamos durante as férias, mas para os quais parece não haver tempo quando voltamos à rotina ocupada do mundo em que vivemos.
Comecei a levar comigo um caderno para anotar as decisões tomadas nesses momentos - e, desde que comecei a fazê-lo, levei quase todas a cabo.

Também comecei a ver o mundo de maneira diferente. Ao caminhar pela rua sem o celular na mão, passei a observar as coisas com mais atenção e tudo ganhou um foco mais nítido. Não sei explicar o motivo disso. Creio que foi por me concentrar em coisas e pessoas que estavam a 20 metros de mim, e não numa telinha. Mas acho que houve também um efeito psicológico benéfico: ao remover o mundo digital de minha consciência, sem ficar me preocupando em conferir mensagens ou comentários, permiti que meu cérebro se concentrasse muito mais naquilo que estava literalmente diante de meus olhos. As cores pareceram mais vibrantes, e comecei a reparar em detalhes de Londres, minha cidade, nos quais nunca tinha prestado atenção. Era como ser um turista conhecendo um lugar pela primeira vez.


Passei a maior parte do ano passado pensando em nossa relação com a tecnologia. Escrevo para a revista Wired, mas também leciono, em Londres e em São Paulo, na School of Life, que busca ajudar as pessoas a viver melhor. Na School of Life, conheci pessoas que tinham sido negativamente afetadas pelo mundo da tecnologia que a Wired gosta de celebrar.

Veio à minha cabeça uma citação de Henry David Thoreau, filósofo americano do século 19 que observou os inesperados efeitos negativos da primeira Revolução Industrial: "Os homens se tornaram as ferramentas de suas ferramentas". Inventamos algo e, em seguida, nos tornamos escravos dessa invenção. Agora, passado um quarto de século desde o início da revolução industrial digital, parece que estamos cometendo os mesmos erros.

Não que os humanos sejam burros, longe disso. Mas parece que podemos ficar tão animados com a chegada de uma tecnologia a ponto de acharmos prudente nos envolver com ela sem questiona-la, ainda que ela piore nossa experiência de vida. Durante os 21 dias que passei desplugado, percebi isso especialmente na hora de ouvir música.

Sou um grande fã do Spotify. Adoro sua jukebox infinita e o fato de pensar numa música e tê-la à disposição quase imediatamente em meu computador. Costumo passar de uma faixa para outra, seguindo as recomendações dos outros ou usando o recurso Radio, para conhecer novos artistas.
Apesar de gostar disso, se pensar bem, é difícil lembrar de muitos nomes de novos artistas, e não creio que tenha ampliado meu acervo musical.
Em vez disso, ouvi um grande número de músicas em ordem aleatória.
Desplugado, tudo isso ficou indisponível para mim, e tive de redescobrir meus CDs. Por um azar do destino, o botão de avançar as faixas de meu toca-CD estava quebrado, e só era possível escutá-los do começo ao fim, como fazíamos com o Vinil. Essa foi uma descoberta surpreendentemente agradável e um hábito que mantive ao lembrar que podia ouvir CDs (e escolher as faixas) em meu computador. Em vez de pular de música em música, às vezes antes de esperar que a faixa terminasse, deixei o disco tocar inteiro, ouvindo as músicas na ordem que a banda, o compositor ou o produtor tinham se esforçado para determinar.

Às vezes me sentia impaciente, esperando uma recomendação de artista semelhante, tão comum na internet.
Mas isso era facilmente compensado pelo prazer de vivenciar algo que não
havia passado por uma "curadoria" para empregar esse horrível termo online, mas por alguém de talento que tinha pensado bastante a respeito da ordem das faixas, uma seleção feita por um ser humano, não um algoritmo.

Na segunda semana, mal percebia que não estava na internet. Nas ruas, gostava de não ter o Google Maps e, assim, redescobri uma habilidade que tínhamos antes de os smartphones se tornarem onipresentes: planejar um caminho num mapa e manter o roteiro na cabeça enquanto andamos pela
cidade. Ao pensar nas jornadas dessa maneira - em vez do fragmentado
“vire à esquerda", "vire à direita" do GPS -, a geografia de minha cidade ganhou vida novamente, preenchida de significado. Voltei a pensar em termos de norte, sul, leste e oeste, pontos de referência e distâncias, e na cidade como um todo. As jornadas voltaram a se parecer com aventuras. em vez de caminhos monótonos e necessários entre os pontos A e B. A redescoberta da capacidade do cérebro de reter uma geografia complexa foi oportuna ao chamar a atenção para as maravilhas do fantástico sistema operacional que temos em nossa cabeça, algo que parece fácil de esquecer em meio à obsessão por velocidades de processamento e algoritmos de análise de dados.

O psicólogo americano Martin Seligman aprofundou seu interesse por aquilo que ele chama de talentos humanos fundamentais - os aplicativos, por assim dizer, que rodamos em nosso cérebro e comandam características como criatividade, curiosidade, coragem e liderança, coisas que a tecnologia não oferece. Percebi que, ao me afastar da internet, dei a mim mesmo uma oportunidade de redescobrir esses talentose cultivá-los dentro de mim.

O fato de não olhar para o telefone ao conversar com alguém significou que meu interlocutor recebeu toda a minha atenção e, como resultado, as conversas foram mais profundas e satisfatórias. Ao debater uma dúvida com um colega em vez de correr para o Google em busca da resposta, eu e ele ganhamos em conhecimento e perspectiva. Ao deixar a internet de lado, redescobri que nós, humanos, somos na verdade bastante espertos.

A ausência do Google foi a diferença mais perceptível durante os 21 dias que
passei desplugado. Fiquei chocado ao perceber quanto usava o Google - e,
consequentemente, quanto senti falta dele. Não apenas de ferramentas como
Gmail, Google Docs e Google Calendar, mas do próprio mecanismo de busca.

Nos primórdios da internet, empresas como Compuserve e AOL tentaram criar portais por meio dos quais os usuários acessariam uma espécie de Versão filtrada da rede, com curadoria feita por elas. Mas essas empresas não duraram muito e, com sua derrocada, celebramos o fato de a possibilidade de “cercar" a internet ter sido afastada para sempre. Mas, de alguma maneira - talvez graças à sutileza do fenômeno - permitimos que o Google fizesse exatamente isso. Foi somente quando não tive o Google ao alcance que me dei conta do quanto a página inicial de busca era meu ponto de partida habitual para uma pesquisa na rede. E se o Google decidir não me mostrar determinado site ou informação em resposta ao que estou buscando dificilmente notarei a omissão.


Quando Voltei a me conectar, 21 dias mais tarde, a primeira coisa que vi foi um link do Buzzfeed que alguém tinha me mandado, cheio de manchetes
hilárias dos jornais britânicos de menor circulação. Costumo gostar dessas
coisas - ajudam a passar o tempo e são bastante engraçadas. Mas, por ter ficado distante delas, minha expectativa em relação à internet tinha aumentado e percebi que desejava mais do que humor reciclado e fotos de gatinhos.

Percebi que podia controlar muito mais aquilo que Via na internet e aquilo que optava por ignorar, desenvolvendo com a rede um relacionamento mais comedido e maduro.
A nova relação com o tempo que desenvolvi por não estar plugado é algo
que quero preservar. E gostei de ter na cabeça coisas como o mapa da cidade.

Essa foi a verdadeira lição do tempo longe da rede: o mundo real é incrível, mas pode ser facilmente eclipsado por sua chamativa contraparte digital que está constantemente exigindo toda a nossa atenção. Creio que chegou a hora de colocar a internet no devido lugar, como uma ferramenta que usamos para fazer coisas incríveis, mas, ainda assim, apenas uma parte de um mundo mais amplo que ao ser redescoberto, revela-se igualmente estimulante e animador.


Fonte: Revisto INFO - Março 2014 - Páginas 58 a 63

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Empresários italianos apresentam tecnologias para a construção civil em evento promovido pelo Sinduscon Blumenau


Na tarde do dia 15/05/2014 o Meeting Internacional Trentino Sviluppo/Trentino Export e Habitech promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon) reuniu cerca de 60 pessoas no auditório multiuso do Senai Blumenau. O encontro contou com a participação de 10 empresas associadas à Habitech - Pólo Tecnológico das Empresas de Construção Civil da Província de Trento (IT). Empresários e profissionais da área trocaram experiências sobre a realidade do setor nos dois países com o propósito de firmar possíveis parcerias.

Durante o encontro as empresas italianas apresentaram aos profissionais catarinenses as ações diferenciadas que promovem. Representantes da Habitech destacaram que o relacionamento entre Trento e Blumenau já se consolidou, então este encontro antes de ser uma oportunidade para estreitar a amizade, possui principalmente uma missão econômica. O objetivo é oferecer aos empresários da construção civil de Santa Catarina oportunidades de negócios com as empresas italianas.

No meeting alguns assuntos relacionados ao setor ganharam destaque, como: abertura de parcerias, inovação e internacionalização de mercado, sustentabilidade nas áreas de construção em madeira, construções autossustentáveis, produção de energia, entre outros.

A parceria com as empresas e instituições italianas começou em outubro 2013 quando um grupo de empresários blumenauenses participou da “Missão Empresarial à Itália 2013” organizada pelo Sinduscon Blumenau. Na viagem eles visitaram feiras, empresas e entidades do setor e, desta forma, puderam estreitar laços com os italianos para prospectar possíveis parcerias. O primeiro passo foi o meeting realizado em Blumenau. Novos encontros estão em pauta.

Fonte: Sinduscon Blumenau

Passeio de helicóptero em Balneário Camboriú

Filmado por Eduardo Liebert em março de 2014, o vídeo abaixo mostra 10 minutos de vôo de helicóptero sobre a cidade mais cosmopolita de SC.



Belo passeio. Recomendadíssimo. Para ver no Youtube diretamente, o link é http://www.youtube.com/watch?v=Tm3VMwBNugw

terça-feira, 20 de maio de 2014

Projeto idealizado pela Furb propõe remodelar entorno do parque Vila Germânica com foco no pedestre e no turista


Mais espaço para o pedestre e menos para o carro. Casas antigas preservadas, transformadas em ponto de encontro com mesinhas na calçada. Um lugar bom para viver e atrativo para o turista. É o que propõe o projeto do Distrito Turístico de Blumenau, elaborado pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Furb através de convênio firmado entre a universidade e a prefeitura, que investiu R$ 152 mil. A proposta foi apresentada ontem no auditório da Vila Germânica e mostrou as conclusões da análise feita na região e as ideias para transformar a área e expandir a Vila Germânica nos próximos 30 anos.


Apesar da apresentação ter impressionado os presentes, entre eles os secretários de Turismo, Ricardo Stodieck, de Planejamento, Alexandre Gevaerd, e de Desenvolvimento Econômico, Jorge Cenci, são poucas as ações previstas a curto prazo. Além disso, o governo também deve contar com a participação dos empresários para viabilizar o projeto.

– Essa proposta vai ficar em avaliação por mais uns 20 dias até ser finalizada, e a Secretaria de Planejamento e o governo como um todo vão poder ver o que vai ser apropriado. Seguramente, tem muita lógica o que foi proposto: não estamos interferindo em grandes propriedades privadas, são questões pontuais para aumentar as áreas públicas. De resto é incentivar o setor privado a investir em equipamentos turísticos aqui e fazê-lo acreditar no modelo – avalia Stodieck.


O projeto, coordenado pelo professor Christian Krambeck, foi apresentado pela equipe que o elaborou. Os objetivos principais são a valorização do pedestre, com menos carros circulando e estacionados; a transformação do entorno do Parque Vila Germânica em referência para moradia e trabalho e a consolidação da região como roteiro turístico, acabando com a sazonalidade.



A área analisada compreende a região delimitada pelas ruas Almirante Tamandaré, Marechal Deodoro, Humberto de Campos, João Pessoa, Alberto Stein e 7 de Setembro. As propostas foram baseadas em quatro eixos: pessoas, ambiental, turismo e densidade.

No primeiro a ideia é transformar os espaços urbanos dando prioridade a quem vive nos locais e à preservação. Na rua João Pessoa, por exemplo, a proposta prevê a retirada do estacionamento para ruas transversais, o alargamento das calçadas, a implantação de ciclovias e o incentivo ao uso diversificado dos imóveis, com foco na gastronomia. Outra proposta é um parque linear ao longo do ribeirão da Velha. Também se propõe transformar a rua Alberto Stein em Via Turística: um calçadão multifuncional para os desfiles e comemorações de cidade, como continuidade do parque Ramiro Ruediger. A ideia a curto prazo é reduzir o espaço para veículos durante a semana e fechar para o tráfego aos sábados e domingos. No futuro, a proposta prevê o fechamento permanente da Alberto Stein em frente à Vila Germânica, transformando a área em um calçadão.







Há outros pontos previstos, como o rebaixamento da rua Humberto de Campos, transformando o cruzamento em uma trincheira e livrando a Alberto Stein do tráfego, e a implantação de novos equipamentos como o Mercado Público, o Centro de Eventos, um Complexo Multiuso e um edifício garagem para 1,2 mil veículos para suprir a demanda das vagas públicas que seriam retiradas.


Reportagem : Aline Camargo
Fonte : Jornal de Santa Catarina

Parabéns pelo projeto ! Muito bom mesmo. As soluções apresentadas para melhorar a região e fomentar seu crescimento com qualidade de vida são ótimas !
Aquele túnel sob a rótula da Vila Germânica seria muito bem-vindo.
Realmente torço para que o poder público se abrace à iniciativa privada para que essas obras saiam do papel. Pessoas felizes produzem mais e fazem a cidade crescer ainda mais ! Ganha a cidade, ganha o cidadão !

Baixe a apresentação completa neste link.