quinta-feira, 24 de abril de 2014

Blumenau : momento de cautela na construção

Renato Rossmark Schramm, Presidente do Sinduscon Blumenau
Foto : Artur Moser
Depois de 12 anos, Renato Rossmark Schramm, da Frechal Construtora, retornará ao posto de presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon). Vai substituir Amauri Buzzi, da Piastra, que ficou quatro anos no cargo. A entidade reúne empresas de 14 municípios da região e Schramm quer ajudar a fortalecer as associadas. Em entrevista à coluna na quarta-feira, um dia depois da eleição que teve chapa única, o futuro presidente fala do mercado, das mudanças no plano diretor e do poder da construção civil na economia de uma cidade.

Quais as diferenças entre o Sinduscon de 2002 e o de agora?
Renato Rossmark Schramm - Continua crescendo. É uma entidade de muita representatividade e um setor importante na economia, já que qualquer empresa que vai ampliar precisa construir. Pretendo continuar o trabalho que o Amauri fez, sempre focado no setor, na importância que ele representa, e tentar conseguir recursos para a área de moradia, uma necessidade grande da população em geral.

Como anda o problema da falta de mão de obra?
Schramm - A economia como um todo freou e hoje já não temos esse problema com a mão de obra. Conseguimos suprir tranquilamente até porque as empresas também não estão mais com o ritmo acelerado. Tá todo mundo com muita calma até porque o mercado não está comprador. Nesse momento o nosso mercado está muito ofertado. É um momento de muita cautela. Quem se aventurar vai ter consequências sérias. Tem que tomar muito cuidado. Eu não vejo muito crescimento para 2014/2015.

Os vereadores avaliam mudanças no plano diretor propostas pela prefeitura. Que avaliação pode ser feita da atuação do poder público nessa área?
Schramm - O plano diretor de Blumenau foi alterado em 2010. Estamos em 2014 e já está havendo mudanças. Isso é muito ruim. O nosso negócio é a médio e longo prazo. Entre você tomar a decisão de investir em um empreendimento e vender ou entregar são três anos, no mínimo. Essas mudanças de regras prejudicam muito o setor. A gente sempre fica um pouco receoso.

Surgiram muita empresas no setor nos últimos anos?
Schramm - O que surgiu muito foi o particular que entrou na construção, o investidor. Pessoas que não são do setor e resolveram fazer um investimento. Por isso o mercado está tão ofertado. Esse pessoal sai do mercado agora porque ficou ruim. Isso já vimos no passado. Esse ano vai ser de muita oferta de produto pronto. Está muito favorável para o cliente. Quem tem que comprar um apartamento ou uma casa tem muita opção. Essa é a realidade do mercado hoje.

Fonte: Coluna Mercado Aberto - Francisco Fresard - Jornal de Santa Catarina

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