quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Suspensão de obra ameaça patrimônio histórico



A Justiça suspendeu, em decisão liminar, a construção de um prédio residencial que estava sendo erguido no Bairro Bom Retiro, no mesmo terreno que abriga uma casa histórica que pertenceu ao industrial Ingo Hering. Acatou pedido do Ministério Público, que questiona a liberação da obra por parte da prefeitura.
Segundo o promotor Felipe de Azevedo, a construção foi autorizada ignorando um parecer técnico da Gerência de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. O documento destacava a necessidade de manter visíveis as fachadas e o entorno da casa, mas o edifício obstruiria parte da parede lateral do imóvel histórico.
O secretário municipal de Planejamento Urbano, Walfredo Balistieri, explica que o parecer foi levado em consideração pelo Conselho do Patrimônio Cultural ao avaliar e aprovar a obra.
— A decisão do conselho é soberana. Mesmo com o parecer, os conselheiros entenderam que o prédio não prejudicaria o patrimônio histórico — diz Balistieri, que já encaminhou explicação ao Ministério Público.

Suspensão pode prejudicar patrimônio
A incorporadora Melchior Barbieri, responsável pela obra, acionou os advogados para tentar reverter a situação. O sócio Luiz Barbieri lamenta a decisão. Diz que tudo foi feito de acordo com o que a lei exige, em processo que durou mais de 10 meses nos órgãos públicos. A maior preocupação da empresa agora é em relação ao estágio atual da construção.
— A fundação já foi concluída. Parar a obra nesse estágio pode fazer com que a terra se movimente, o que pode comprometer a estrutura da casa histórica e dos imóveis vizinhos — diz o empresário.
A ideia da incorporadora é preservar a casa, transformando-a em área de convivência para os moradores. Depois da suspensão, foi feita uma alteração no projeto, aumentando o espaço entre as edificações, mas qualquer análise do Ministério Público só deve ser feita após o retorno do promotor autor da ação, que está de férias até novembro.
Fonte : Blog do Pancho

Espero que prevaleça o bom senso e a obra seja retomada. Prefiro ver o casarão sendo cuidado por um condomínio do que caindo aos pedaços, como geralmente acontece com nosso patrimônio histórico. 
Como exemplo cito que muito perto do local onde a obra foi suspensa existe um casarão azul antigo que está definhando e em breve cairá sozinho. Para ele ninguém se mobiliza para restauração. Jogam pedras nos empreendedores que ajudam a manter em pé o pouco que resta do patrimônio. Hipocrisia pouca é bobagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bem tendencioso o título do tópico, como se o fato da construção continuar, da maneira que a construtura quer, não fosse prejudicar o patrimônio histórico.

Paulo Almeida Reis disse...

Preservar o patrimônio histórico é mante-lo sempre com sua forma original, e não simplesmente dizer "deixa ali da forma que está", sou a favor das duas obras que estão projetadas para a região, são belas obras arquitetônicas e trarão aquela visão maravilhosa de antigo e moderno juntos. Parabéns as contrutoras, é uma ótima iniciativa..