quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coluna de Evandro de Assis e o Aeroporto de Blumenau

Tenho de parabenizar o colunista do Jornal de Santa Catarina, Evandro de Assis, pelo excelente texto na edição de hoje. Concordo com tudo que comenta : invistam na BR-470 e ampliem o nosso verdadeiro aeroporto, o de Navegantes. Com uma rodovia decente, chega-se a ele em 30 minutos.
E mais : com o direcionamento do crescimento de Blumenau para o norte, teremos um aeroporto no meio do centro da cidade ? Não chega o exemplo de Congonhas, rodeado de edifícios e milhares de pessoas ?
Sou favorável ao fechamento do aeroporto na Itoupava Central e aproveitar aquela área para criar mais um parque nos moldes do Ramiro Rüdiger, só que com muito mais área verde, inspirando-se no Ibirapuera de São Paulo. Abaixo transcrevo o texto que pode ser lido no link http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,3555159,18324 :

O aeroporto do Vale

Quantas vezes você usou o Aeroporto Quero-Quero para viajar nos últimos 10 anos? Ok, sejamos mais realistas: alguma pessoa da sua família pousou ou decolou na Itoupava Central desde que a prefeitura assumiu o negócio, há duas décadas? Está bem, vamos facilitar: você conhece alguém que, alguma vez na vida, usufruiu da infraestrutura aeroportuária de Blumenau para se deslocar pelo ar? Mesmo assim a resposta é não?
O leitor já deve ter notado, esse texto sustentará que investir na ideia do “Aeroporto Regional de Blumenau”, como querem nos obrigar a chamar aquela pista de pouso, é perda de tempo. Verdade, a coluna termina desse jeitinho previsível. Porém, não vire a página, os próximos parágrafos desviarão do blá-blá-blá sobre promessas descumpridas, como o desvio da Rodovia Guilherme Jensen, a sinalização da pista para operações noturnas e a terraplenagem de um morro. Tampouco se estenderão acerca das SEIS tentativas frustradas de se manter uma linha comercial. Nem baterão na tecla da localização do aeroporto, exatamente no centro da imaginada Blumenau de 2050, entre a BR-470 e a região mais populosa da cidade.
Toda essa lenga-lenga tem relação com outro fator limitador, impossível de se resolver com dinheiro público. O Quero-Quero só está parado no tempo porque os habitantes do Vale do Itajaí dão a mínima para ele. Isso decorre do fato de possuirmos outro aeroporto, verdadeiramente regional, desde os anos 1970. O “problema” é a localização: está fora de Blumenau, e, para blumenauenses, dói admitir qualquer coisa de relevância regional fora dos nossos domínios.
Nem mesmo os visitantes sentem a ausência do Quero-Quero. Pesquisa recente da Fecomércio revelou que 30% dos turistas da Oktoberfest chegaram ao Estado de avião (leia-se Navegantes). O que terá sido mais penoso? Descer em outra cidade ou percorrer 40 quilômetros pela BR-470? Qual o verdadeiro dilema?
Os raros defensores do Quero-Quero creem que Blumenau, um polo econômico, perde investimentos aceitando servir-se de outro município. Perde muito mais, crê a maioria, ligando-se ao atual aeroporto, situado no futuro centro econômico de Santa Catarina, por uma rodovia do século passado. Diante da precariedade da infraestrutura de transportes de Blumenau, é teimosia insistir em mais um aeroporto. Não dispomos mais de tempo para preciosismos.

Um comentário:

FLAVIO disse...

CONCORDO PLENAMENTE.