terça-feira, 5 de abril de 2011

Arranha-céus de Itajaí podem prejudicar pousos e decolagens do aeroporto de Navegantes

Helbor é impedida de dar início a obra

Lançado em meados de 2010, o Helbor Home Club em Itajaí ainda não teve suas obras iniciadas. O texto abaixo é do jornal Diarinho (o que justifica o linguajar utilizado na reportagem) e mostra que existe problema devido a altura da torre, que pode interferir nos pousos e decolagens do Aeroporto de Navegantes :


Prefa peixeira tem feito vistas grossas pra ordem do comando da Aeronáutica, que limita o número de andares em um raio de 10 quilômetros do terminal aéreo dengo-dengo

Itajaí - A falta de controle da prefeitura de Itajaí em relação à altura dos prédios erguidos na city  pode render um problemão pro aeroporto de Navegantes. Pelas regras da Aeronáutica, o tamanho das construções deve ser limitado num raio de 10 quilômetros ao redor de qualquer aeroporto. Mas como a prefa não exige dos empreendedores que obtenham aprovação do comando Aéreo Regional (Comar) na hora de aprovar os projetos, os voos acabam prejudicados. Recentemente, o Comar encaminhou um pedincho pra que o município informe quantos e quais são os edifícios que tão na rota dos aviões e medem mais de 50 metros.
A solicitação foi feita depois que a construtora Helbor, que tem planos de construir duas torres chiquetosas com 27 andares na rua João Bauer, no centro peixeiro, encaminhou um pedido de licença ao Comar. O representante da empresa, Roberto Viegas, diz que a medida foi tomada porque a Helbor já tinha tido problemas por conta da altura de um prédio em São José dos Campos/SP.
A consulta, em Itajaí, foi vista pela empresa como uma precaução, já que a city tem várias construções altas. “Pra nós foi uma surpresa quando o Comar informou que a construção tava vetada”, diz Roberto. A empresa até tentou recorrer, mas diante das respostas, sempre negativas, acabou avisando aos compradores de que teria que mudar os planos.
Foi informado aos futuros proprietários que a empresa vai tentar, com uma mãozinha das otoridades, alterar as normas em relação ao aeroporto dengo-dengo. A ideia é adaptar os voos aos obstáculos que já tão no caminho. “Isso já acontece no aeroporto de Congonhas, em São Paulo”, diz Roberto. Como o processo pode demorar, a Helbor avisou que as obras do condomínio Helbor Home Club vão atrasar seis meses. Os compradores também têm a opção de desistir dos apês. Nesse caso, a construtora vai devolver o valor já pago em parcelas. “Tem clientes que pediram um acordo individual. Isso tá sendo analisado”, garante o cara.
Voos alterados
O superintendente do aeroporto dengo-dengo, Marco Aurélio Zenni, confirma que a altura das construções pode influenciar os voos. É o caso da altura dos guindastes do terminal portuário de Navegantes, por exemplo. “Tivemos de fazer uma alteração na rota para o pouso na cabeceira da pista sete por causa dos guindastes. É um procedimento especial adotado”, disse.
O mandachuva explicou que, quanto mais próximo da área do aeroporto, maiores são as restrições em relação à altura dos edifícios. “As prefeituras que não cobrarem serão inquiridas, pois é de sua competência essa fiscalização”, acrescentou o superintendente. Segundo ele, a prefa de Navega tem cumprido as exigências.
No papéli encaminhado pelo Comar à prefa de Itajaí, o chefe interino do da base de Canoas/RS, coronel-aviador Jefson Borges, explica que a exigência de obedecer as regras impostas pras áreas ao redor dos aeroportos tá prevista no Estatuto da Cidade, e que por isso deveria constar na lei de zoneamento de cada município.
Surpreso com a não autorização pra construção do edifício, o secretário da Urbanismo peixeiro, Paulo Praun, admite que jamais havia recebido qualquer documento por parte da Aeronáutica com a mijada. O abobrão admite que a prefa não cobra dos construtores a liberação do órgão pra construção de espigões. “Têm outros prédios mais altos, próximos a áreas de zonas de pouso, que jamais receberam negativa da Aeronáutica”, lascou Praun, que promete enviar uma correspondência ao comando da Aeronáutica pra saber que plano diretor trata dos limites pra construção. “Teriam de repassar algo para a prefeitura, mas esse tipo de informação jamais nos foi comunicada”, garante.
Central de vendas continua
Enquanto o perrengue se arrasta, continua aberta a central de vendas do Helbor Home Club. Quem faz as vendas é a imobiliária Max Imóveis. Os atendentes tão orientados a explicarem os perrengues e a fazerem reservas dos imóveis pra quem quiser. “O problema não é com a construtora e nem com a Max, é com Itajaí”, disse o dono da imobiliária, Alceu Luiz

Rauber, ao DIARINHO
Um dos proprietários de apartamento na Helbor, o advogado Tiago Morastoni, 28 anos, tá revoltado com a situação. O cara lascou que a prefa é culpada por toda a cagada. “Se isso é uma normativa da Aeronáutica, deveria ter sido absorvida pelo plano diretor da cidade”, reclamou.
O DIARINHO entrou em contato com o quinto Comando da Aeronáutica, mas ninguém quis comentar sobre o caso. Também procurou a secretaria de Urbanismo de Navegantes pra ver se a city fiscaliza as construções quanto às exigências da Aeronáutica, mas ninguém foi encontrado até o final da tarde de ontem.

http://www.diarinho.com.br/capa.cfm?codigo=435

4 comentários:

Anônimo disse...

É importante registrar que o dinheiro está sendo devolvido SEM A CORREÇÃO BÁSICA, e ainda está sendo devolvido PARCELADO, o que também é ilegal.

Thiago disse...

Passou o prazo e nada da Helbor.. UMA VERGONHA!!!

Flávio disse...

A ordem da Aeronáutica é conversa pra boi dormir. O problema foi com a construtora que não quis arriscar a edificação do prédio. Itajaí está em plena verticalização com a construção de edifícios de alto padrão. A cidade portuária vive intenso crescimento econômico e já deixou importantes cidades catarinenses pra trás.

Flávio disse...

A ordem da Aeronáutica é conversa pra boi dormir. O problema foi com a construtora que não quis arriscar a edificação do prédio. Itajaí está em plena verticalização com a construção de edifícios de alto padrão. A cidade portuária vive intenso crescimento econômico e já deixou importantes cidades catarinenses pra trás.